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Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, defende que indústria não sofra aumento de alíquota

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, admitiu, nesta segunda-feira (3), que alguns setores como alimentos básicos e saúde precisam de redução de impostos. No entanto, defendeu que a indústria não deve sofrer aumento da alíquota para compensar setores com exceção tributária.

“A Fiesp é a favor da reforma tributária. No entanto, não pode admitir que a alíquota suba para os bens da indústria de transformação de maneira a compensar exceções que teremos de outros setores”, opinou.

Durante reunião da diretoria da Federação, o presidente contou ainda que, em um encontro com o ministro da Fazenda na última sexta-feira (31), Fernando Haddad apresentou um documento com quatro compromissos importantes para a reindustrialização do Brasil.

Na lista, estavam: o desconto no Imposto de Renda para empresas que investirem em equipamentos; um plano de financiamento com taxas mais baixas para a indústria; apoio ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA) previsto na reforma tributária; e esforços para a queda da taxa básica de juros.

De acordo com o presidente da Federação, a indústria de transformação responde por 30% dos tributos arrecadados nos Brasil e tem mais de 40% do seu valor adicionado pela indústria pago sob a forma de tributos. Segundo ele, os impostos retiram capacidade de geração de caixa para investimentos na indústria.

A reunião na sede da Fiesp nesta segunda-feira contou com a presença do coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). Durante a fala, Lopes disse que o Brasil precisa de uma reindustrialização.

“Eu acho que esse sistema atual não permite a reindustrialização. E o sistema novo, baseado no IVA, vai permitir. A gente não quer só reindustrializar o Brasil, mas, talvez, modernizar a indústria brasileira. Uma indústria 4.0, com capacidade de transição ambiental, tecnológica, moderna”, afirmou.

Também esteve presente o relator do grupo de trabalho sobre o tema, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que agradeceu o apoio do setor para a reforma. “A manifestação de apoio da Fiesp é muito importante para nós”, declarou Ribeiro.

Segundo ele, depois de muito debate sobre o tema, agora é necessário fazer a reforma para ter um sistema menos danoso ao país. “O que estamos tratando nessa reforma não é só mudar o sistema tributário, mas o país que queremos ter numa visão de longo prazo”, disse.

Fonte: CNN

 


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