Sindinstalação | Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado de São Paulo (11) 91020 8168 | comunicacao@sindinstalacao.com.br
Sindinstalação | Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado de São Paulo (11) 91020 8168 | comunicacao@sindinstalacao.com.br

Inovação na indústria é o motor para a transformação social

No Sistema Fiep, pesquisas tecnológicas buscam solucionar questões de mobilidade, saúde e meio ambiente para facilitar a vida das pessoas

O Brasil investe 1,15% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento – um índice baixo, que coloca o país na 57ª posição do ranking global de inovação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Para se ter uma ideia, a Suíça, que ocupa o topo da mesma lista, destina quase o dobro do PIB (3,2%) para iniciativas de inovação. “Temos que observar as políticas de outros países. As experiências no mundo nos mostram que, para um país para ter igualdade social, precisa de uma indústria forte de base tecnológica”, observa Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep. Levantamentos feitos aqui no Brasil pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que, em 90% das empresas, a inovação é fruto de investimentos privados. Durante a pandemia, 80% das indústrias inovaram, alcançando ganhos de lucratividade e produtividade. E mais: a cada R$ 1 produzido, a indústria gera R$ 2, 43 para a economia.

O que poderia mudar se a inovação entrasse nas pautas prioritárias de governo, empresas e academia? Mais importante do que se destacar em rankings mundiais, a inovação pode ser a chave da autonomia para promover transformações sociais. Um caminho que passa pela solução de problemas comuns do cotidiano – como mobilidade, empregabilidade e igualdade social – e temas de relevância mundial, como preservação ambiental e saúde pública. “Quanto maior o avanço tecnológico, mais fácil fica a vida das pessoas. Precisamos desenvolver tecnologia nacional para reduzir custos de consumo interno, exportar, contratar mais, pagar salários melhores”, cita Lopes.

Inovação transformadora

Reciclar compostos químicos de baterias automotivas, evitando que contaminem o meio ambiente. Este é um dos projetos em desenvolvimento no Sistema Fiep, por meio do Instituto Senai de Eletroquímica no Paraná (IST -EQ), em parceria com a Tupy e a BMW Group Brasil, que utiliza a inovação para solucionar problemas ambientais de grande impacto. Segundo o IBGE (2021), o Brasil tem um veículo para cada quatro habitantes, com potencial para gerar um grande volume de baterias descartadas todos os anos. Utilizando a tecnologia de hidrometalurgia, será possível reciclar as baterias, recuperando os materiais para que sejam novamente utilizados na indústria. “Este tema tem extrema relevância. Não só pela tecnologia, mas pelo impacto social e ambiental que o desenvolvimento de um projeto como esse tem aqui no Brasil. Esse é um processo que após a finalização pode ser exportado para o mundo todo”, destaca o gerente de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep.

Também vem do IST-EQ um biossensor eletroquímico para detecção de câncer de mama de forma rápida, eficiente e barata. Desenvolvido em parceria com a BMR Medical, o biossensor marca um novo momento para o diagnóstico de câncer de mama, feito por meio de biópsia líquida. Além de ser menos invasivo, oferece rápida resposta à equipe médica e será útil para monitorar a progressão da doença – vale lembrar que o diagnóstico precoce aumenta em quase 90% das chances de cura. “Isso mostra como toda a indústria traz impacto direto na vida das pessoas. Vemos a indústria farmacêutica resolvendo problemas de saúde, a indústria de alimentos produzindo mais e melhor para a população, a indústria automotiva focada na preservação ambiental”, completa Lopes.

Inovação no cotidiano

Por meio dos Institutos Senai de Tecnologia e Inovação, o Sistema Fiep tem atuado em diversas frentes como motor de transformação social. Além dos projetos citados anteriormente, a instituição está desenvolvendo um parque tecnológico de smart mobility (mobilidade inteligente), que ficará no Campus da Indústria, em Curitiba. “O parque vem atender a demanda de fortalecer empresas pequenas de base tecnológica, conectar com empresas grandes já estabelecidas e ajudar a desenvolver novos produtos para que sejamos provedores e exportadores dessas soluções”, destaca Lopes. De acordo com a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, o brasileiro gasta, em média, 21 dias do ano no trânsito. Ao fomentar soluções para este problema, a indústria investe de forma estratégica em diversos pilares sociais e econômicos: “A maioria dos equipamentos e insumos da indústria vem de fora. Quando desenvolvemos tecnologia própria para melhorar a vida nos grandes centros, potencializamos a economia, gerando lucro para o estado, barateando os custos de deslocamento para as pessoas e aumentando a oferta de empregos de base tecnológica”, complementa o gerente de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep.

Mercado de trabalho

Por falar em emprego, a expectativa é que um novo ciclo de inovação tecnológica esteja próximo e impacte positivamente o mercado de trabalho. Com a chegada do 5G, a indústria vai enfrentar novos desafios e, para isso, demandará profissionais qualificados para funções que ainda não existem. “Algumas atividades se encerram, sim, mas milhares de novas atividades surgem neste cenário. É preciso capacitar pessoas para operar toda a tecnologia que está a caminho”, pontua Lopes. Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, do Senai nacional, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais nos próximos anos.

Outro dado – este, da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) -, mostra o potencial da inovação no mercado de trabalho: até 2024, as empresas precisarão contratar 420 mil profissionais de tecnologia. Vale destacar que a indústria é o setor que paga os melhores salários: a média nacional é de R$ 7.756 para profissionais com formação superior. “A gente tem que desenvolver tecnologia nacional para que possa exportar e pagar mais e melhores salários. A indústria é uma potência quando se trata de pagar os melhores salários de todos os setores. Quanto mais tecnológica, maiores salários vamos pagar”, finaliza Lopes.

Fonte: G1

 


Veja também

Sindinstalação

Contribuições Patronais

Tabela para o Cálculo

SAIBA MAIS

Sindinstalação

Clique aqui Associe-se Juntos somos mais fortes!

Conheça as empresas associadas

SAIBA MAIS